Entre os dias 14 e 17 de novembro iremos visitar o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira. Um lugar onde a natureza reina soberana e a história geológica do planeta Terra se revela. Esse é o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, carinhosamente conhecido como PETAR.

Criado em 1958, o PETAR é uma das Unidades de Conservação (UCs) mais antigas do Estado de São Paulo. Possui 35.750 hectares, divididos em quatro núcleos (Caboclos, Casa de Pedra, Ouro Grosso e Santana) e abrange os municípios de Iporanga e Apiaí. Iremos visitar os núcleos mais isolados do PETAR, que são o Caboclos e Casa de Pedra.

O Parque tem sua área coberta pela densa e exuberante vegetação do bioma da Mata Atlântica e integra a Zona Núcleo da Reserva da Biosfera. Considerado como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade, pois reúne uma das áreas de Mata Atlântica mais preservadas do Brasil. Devido ao alto nível de preservação da região, o PETAR abriga espécies da Mata Atlântica típicas de matas primárias (vegetação com alto grau de preservação, quase sem intervenção humana, com árvores entre 25 e 30 metros de altura), como Canela, Cedro e Palmeira-juçara. Além dessa importante matriz geológica, o PETAR apresenta espécies de animais de amplo território, como a Onça-pintada e o Muriqui-do-sul, maior primata do continente americano.

O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira faz parte do Mosaico de UCs do Contínuo Ecológico de Paranapiacaba, composto ainda pelo Parque Estadual Intervales, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual Nascentes do Paranapanema, Estação Ecológica Xitué, Área de Proteção Ambiental dos Quilombos do Médio Ribeira e Área de Proteção Ambiental Estadual Serra do Mar. Essa Unidade de Conservação é considerada um dos conglomerados de cavidades naturais subterrâneas mais ricos do Brasil, com mais de 400 cavernas de beleza exuberante, paisagens únicas e grande variedade morfológica de espeleotemas.

No primeiro dia (sexta-feira - 15/11), teremos o privilégio de conhecer o núcleo Caboclos. Recebe esse nome em homenagem aos primeiros habitantes não indígenas da região, os caboclos, que deixaram um legado cultural rico e fascinante. O núcleo Caboclos oferece uma vivência mais intensa com o meio ambiente natural, ideal para aqueles que desejam se conectar profundamente com a natureza.

Dentre as cavernas abertas à visitação, certamente a Caverna Temimina é uma das mais espetaculares do PETAR. A Trilha da Caverna Temimina, que tem 9 km de extensão e nível alto de dificuldade, é mais do que um simples caminho, é a oportunidade de se conectar com a natureza, observar a biodiversidade única da Mata Atlântica e de refletir sobre a importância da preservação deste bioma tão importante. Ao chegar à caverna, os visitantes não apenas terão percorrido uma distância física, mas também terão feito uma jornada sensorial e educativa, enriquecendo ainda mais a experiência.

Formada por um dolinamento (desabamento do teto), a Caverna Temimina possui amplos salões e um espeleotema muito raro chamado chuveiro, que praticamente forma uma ducha no teto da caverna. Isso sem falar na imensa claraboia existente logo na entrada da caverna, que permite a entrada de luz e a formação de um "jardim suspenso" no interior da caverna. Sua beleza é um convite para os amantes da natureza que buscam experiências únicas e transformadoras.

No segundo dia (sábado - 16/11), visitaremos o núcleo Casa de Pedra, considerado um dos locais mais icônicos do PETAR, pois abriga uma das maravilhas naturais mais impressionantes do nosso planeta, a monumental Caverna Casa de Pedra.

Durante o percurso de aproximadamente 14 km e nível alto de dificuldade, faremos uma parada no mirante onde seremos presenteados pela beleza e grandiosidade da maior abertura de caverna do mundo. A Caverna Casa de Pedra ostenta o maior pórtico de caverna do planeta com impressionantes 215 metros de altura, sendo reconhecida pelo Guinness Book.

Após observar o gigantesco pórtico da caverna com a vista privilegiada do mirante, iremos caminhar até a entrada colossal da Caverna Casa de Pedra, onde teremos uma visão espetacular que desafia a compreensão humana. A entrada da caverna não é simplesmente uma abertura na rocha, é um portal para a história geológica da Terra, um convite à contemplação e ao respeito pela natureza. Sua magnitude e beleza continuam a inspirar e maravilhar todos aqueles que têm a oportunidade de admirá-la, lembrando-nos da grandiosidade e das surpresas que nosso planeta ainda guarda.

No terceiro dia (domingo - 17/11), faremos uma atividade imperdível para quem visita o PETAR que é o Boia Cross no Rio Betari. Combinando aventura, natureza e diversão, esta experiência oferece uma maneira única de se conectar com as águas cristalinas do Rio Betari e admirar a beleza da Mata Atlântica enquanto desfruta de momentos inesquecíveis.

Após o Boia Cross, iremos visitar a Cachoeira do Sem Fim, um complexo formado por 3 lindas cachoeiras com 10, 4 e 11 metros consecutivamente. Em todas é possível relaxar em suas límpidas quedas. A Cachoeira do Sem Fim irá nos proporcionar momentos de contemplação e tranquilidade.

O Mirante da Boa Vista é o local ideal para nos despedirmos do PETAR. O mirante está situado em um dos pontos mais elevados da região, sendo mais do que um simples ponto de observação, é uma janela para a grandeza e beleza da Mata Atlântica. A visita oferece não apenas vistas espetaculares, mas também uma oportunidade de reflexão sobre nosso lugar no mundo e a importância vital de proteger a natureza.