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Terra Indígena do Jaraguá (Tekoa Itakupe) e Parque Estadual Jaraguá

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Terra Indígena do Jaraguá (Tekoa Itakupe) e Parque Estadual Jaraguá
Terra Indígena do Jaraguá (Tekoa Itakupe) e Parque Estadual Jaraguá

Horário e local

27 de mai. de 2023, 07:00 – 17:00

TI Jaraguá (Tekoa Itakupe) e PE Jaraguá, Estr. Turística do Jaraguá - Vila Jaraguá, São Paulo - SP, 02675-031, Brasil

Convidados

Sobre o evento

No dia 27 de maio, iremos visitar a Terra Indígena do Jaraguá (Tekoa Itakupe) e o Parque Estadual Jaraguá (PEJ). A palavra Jaraguá, tem dois significados, para os povos originários (indígenas) significa “Deus da nuvem branca” e para os invasores europeus significa “Senhor dos Vales”. Essa característica é marcante no local, com formações geológicas que chegam a 1.135 metros de altitude, tendo o Pico do Jaraguá como o ponto mais alto da Cidade de São Paulo. Sendo um atrativo natural único para o município de São Paulo.

É possível encontrar rica biodiversidade de fauna e flora, como Macaco-prego, Tucano-de-bico-verde, Bicho-preguiça, Sagui-do-tufo-branco, Serelepe, Palmeira-juçara, Guapuruvu, Ipê-amarelo, Pau-brasil, Pau-d’alho e um belíssimo Jatobá com aproximadamente 500 anos.

A Terra Indígena (TI) do Jaraguá é uma comunidade de costumes tradicionais dos povos originários da etnia Guarani M’bya, localizada na parte noroeste da cidade de São Paulo e sobreposta ao Parque Estadual Jaraguá, que é uma Unidade de Conservação gerida pelo Governo Estadual. Na TI Jaraguá residem aproximadamente 700 indígenas, que vivem em seis aldeias: Tekoa Ytu, Tekoa Pyau, Tekoa Itakupe, Tekoa Itaverá, Tekoa Itaendy e Tekoa Yvy Porã.

A Tekoa Itakupe é um dos núcleos familiares na Terra Indígena Jaraguá, no local vivem aproxidamente 100 indígenas, que resistem e preservam a natureza nativa desse território ancestral, protegendo 72 hectares da especulação imobiliária, o garimpo ilegal e a apropriação cultural dos costumes, hábitos e o modo tradicional de viver.

Logo na chegada teremos uma interessante Roda de Conversa com o Xeramoi (Pajé). A fala dos anciões é de extrema importância e deve ser valorizada em qualquer cultura. Na cultura dos povos originários quem tem essa missão de ser o guardião dos costumes e tradições é o Pajé e ouvi-lo é o que fortalece e mantém a cultura ancestral viva. O Pajé é o líder espiritual dentro da cultura dos indígenas, suas falas sempre trazem o tema da espiritualidade, filosofia, cosmovisão dos povos originários, trechos da ampla história da etnia, a tradição do plantio, viver da terra, da água, também é curandeiro e conselheiro. Ele que fortalece a comunidade todos os dias no costume de rezar e agradecer pelo dia e pela vida

Após a Roda de Conversa, faremos uma Caminhada pela floresta (2,0 km de percurso e 01h30 de duração– ida e volta e nível médio de dificuldade), durante a caminhada iremos conhecer os lagos da Tekoa Itakupe e ver os resquícios arqueológicos do tempo em que o território foi invadido e ocupado pelo bandeirante Afonso Sardinha que escravizava indígenas e negros para que trabalhassem para a extração do ouro, neste que foi o local onde começou a corrida do ouro, das terras do Jaraguá saíram o ouro das primeiras moedas produzidas no Brasil.

Depois da Caminhada pela floresta, iremos assistir uma apresentação de Canto e Coral Guarani. O Canto é uma das formas de repassar os saberes ancestrais aos mais novos, a participação dos jovens no coral é uma maneira de estarem sempre conectados com os mais velhos, escutando histórias sobre a criação, rezando e agradecendo por conseguirem manter o modo ancestral de vida. A música, a dança e o canto são acompanhados por instrumentos tradicionais e outros que foram introduzidos na cultura dos povos originários.

Para finalizar as atividades na Tekoa Itakupe, teremos uma Exposição e venda de Artesanato Guarani. As mulheres são as grandes representantes da força de resistência dentro da TI, são responsáveis pela produção da arte tradicional e transmissoras dos conhecimentos para as futuras gerações. O artesanato é uma das fontes de renda da comunidade, utilizando miçangas para produzir colares, pulseiras e anéis. Também contam com o apoio dos companheiros e filhos que ajudam na coleta de materiais oferecidos na floresta, para produzir zarabatanas, apitos, flautas, animais tralhados em madeira, arcos e flechas.

Após o termino das atividades na Tekoa Itakupe, iremos conhecer o Parque Estadual Jaraguá (PEJ), uma Unidade de Conservação de Proteção Integral que possui 492 hectares e abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da Região Metropolitana de São Paulo. Antiga fazenda do ciclo do ouro e café, sua área foi adquirida pelo Governo Estadual em 1939 e transformada em Parque Estadual em 1961, com o objetivo de proteger os recursos naturais da região, incentivar a pesquisa cientifica e promover a educação ambiental. As primeiras expedições na região ocorrem no final do séc. XVI e foram descobertos os primeiros indícios de ouro no Brasil, contribuindo para o inicio do ciclo do ouro na região do Jaraguá.

Iniciaremos as atividades no PEJ com o Histórico Cultural no Casarão Afonso Sardinha e Tanque de Lavagem de Ouro. Em 1530, munido de poderes extraordinários para reger a colônia que fundasse, Martim Afonso de Souza iniciou a exploração do país a partir de Pernambuco, tendo como missão percorrer a costa até alcançar o Rio da Prata. Mem de Sá, em 1560, também subiu ao planalto com Brás Cubas (fundador de Santos) com o intuito de reunir um grupo entre os escassos habitantes da Vila de Piratininga (assim declarada em 1557) para procurar ouro. O comando ficou a cargo do técnico em minas vindo de Portugal, Luiz Martins, empregado de Brás Cubas. A expedição retornou após alcançar as proximidades de Itú por apresentar-se desfalcada pelas inúmeras perdas em choques com os índios e pelos riscos sofridos. Ao chegar ao Jaraguá, Martins colheu amostras rochosas com vestígios de ouro, que posteriormente entregou ao governador, apesar de não considerá-las interessantes. Mas Brás Cubas veio a enviar uma carta ao rei em 25 de abril de 1562, comunicando que fora descoberto ouro perto de São Paulo. Algumas décadas após a entrada de Luís Martins, o Bandeirante Afonso Sardinha explorou o ouro encontrado no Jaraguá, dando início à febre do ouro paulista. O Casarão Afonso Sardinha, foi construído em 1580 para dar suporte e abrigo na coleta do ouro de aluvião.

Logo depois, conheceremos a Trilha do Silêncio (828 m de percurso e 01h00 de duração– ida e volta – nível baixo de dificuldade), a trilha leva esse nome devido à vegetação densa que abafa grande parte dos ruídos produzidos pelas rodovias que cercam o Parque. Trilha linear no interior da floresta. O percurso conta com passarelas de madeira e é a primeira trilha adaptada no Estado de São Paulo para portadores de necessidades especiais. Faremos uma atividade de sensibilização ambiental durante o percurso.

Para finalizar as nossas atividades, iremos conhecer o Mirante e Pico do Jaraguá, O Pico do Jaraguá, com 1.135 m de altitude é o ponto mais alto da Cidade de São Paulo. De lá avistaremos toda a cidade de São Paulo, parte do município de Osasco, as rodovias Bandeirantes, Anhanguera e Rodoanel. É possível também, em dias muito claros, visualizar o início da Serra do Mar.

Ingressos

  • À partir

    Pode ser dividido em até 12x no cartão de crédito (com juros) PIX - CNPJ. 16.926.961/0001-61 O Bicho Biotrips Ecoturismo LTDA.

    R$ 230,00
    Taxa de serviço de R$ 5,75
    Esgotado

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