Parque Estadual Carlos Botelho

No dia 24 de junho, iremos visitar o Parque Estadual Carlos Botelho (PECB). Uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral criado em setembro de 1.982 numa área de aproximadamente 38 mil hectares. O PECB é abrigo de diversas espécies de plantas e animais ameaçados de extinção como a Jacutinga, Onça-pintada, Anta e a Palmeira-juçara. Além disso, é o habitat da maior população de Mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), considerado o maior primata não humano do continente americano. Por esse motivo, ele é o símbolo dessa belíssima Unidade de Conservação.

Localizado na região sudoeste do Estado de São Paulo, o PECB, se estende pelos municípios de São Miguel Arcanjo, Capão Bonito e Sete Barras, ocupando as mais altas porções territoriais da Serra de Paranapiacaba, com altitudes de até 1.010 metros acima do nível do mar. O Parque Estadual Carlos Botelho é um dos mais importantes refúgios da vida silvestre, juntamente com outras Unidades de Conservação, constituem o maior corredor ecológico de todo o Bioma da Mata Atlântica do Brasil.

O PECB abriga a maior população de Mono-carvoeiro. Dos aproximadamente 3.000 individuos existentes no Brasil, mais da metade encontra-se no Parque Estadual Carlos Botelho. Essa espécie, ao lado de outras como a Onça-pintada, evidencia a importância e o grau de conservação dos ecossistemas inseridos na UC.

Ao chegarmos à UC, tomaremos o café da manhã e logo depois, seremos recepcionados pelos monitores ambientais locais, que irão fazer uma breve apresentação do Parque Estadual Carlos Botelho. Após a apresentação, iremos conhecer o museu. O local conta com diversos animais silvestres taxidermizados, que é uma técnica de preservação da forma, da pele e do tamanho dos animais para manter a aparência que os mesmos tinham em vida. O taxidermia é feita somente em animais vertebrados e os exemplares mais antigos foram descobertos no Egito, com idade aproximada de 2.500 A.C.

A primeira trilha será a Trilha das Bromélias, localizada ao lado da sede da UC, totalmente adaptada para portadores de necessidades especiais. Durante a caminhada iremos encontrar diversas espécies de bromélias e orquídeas, é o local ideal para a interpretação ambiental das epífitas. A trilha adentra a floresta, numa área sombreada e com temperatura agradável. Há uma área de descanso e de contemplação da natureza, com 390 metros de extensão e nível baixo de dificuldade.

Logo depois faremos a Trilha da Canela, com vegetação secundária, apresenta estágio avançado de regeneração, destacando-se as 11 espécies de canelas no seu percurso, vale lembrar que no parque tem 19 espécies de canelas catalogadas no total. Por esse motivo a trilha recebe esse nome. É a trilha mais propicia para a observação do Mono-carvoeiro. Tem 2,0 km de extensão e nível baixo de dificuldade.

Após o almoço faremos a Trilha Represa/Fornos, é uma trilha tranquila e sem muitos declives. Passaremos por pontes e pequenas quedas d’água. Também conheceremos as ruínas dos fornos de carvão, que datam da época em que a madeira da floresta era retirada para tal fim. A mata é secundária em estado avançado de regeneração. Durante o retorno, seguimos para o outro lado da intersecção da trilha até a represa, tem 4,0 de extensão e nível médio de dificuldade.

Para finalizarmos as nossas atividades, iremos conhecer o Rio Taquaral, com vegetação secundária, o local é propicio para um banho de rio. Para chegar até lá, é necessário percorrermos um trecho da estrada parque, a estrada foi construída para uma maior segurança da travessia da fauna local.