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São Paulo/SP
Parque Estadual Jaraguá
Início: 07/02/2026, sábado às 08:40
Término: 07/02/2026, sábado às 16h30
Parque Estadual Jaraguá (Portaria 1 - Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539)
Local de Encontro: https://maps.app.goo.gl/rVoUXafZ2jLy3qLt8
CONTRIBUIÇÃO CONSCIENTE (A PARTIR DE)
R$ 40,00
Parcelado em até 12x no cartão de crédito (com juros)
VALORES (Contribuição Consciente)
R$ 40,00 - VALOR SOLIDÁRIO
Reflete o compromisso com a inclusão e acessibilidade para que o maior número de pessoas possam estar conosco, garantindo que o aprendizado e a reconexão não sejam barreiras, mas sim pontes. Este valor é a materialização do desejo de que o acesso à Educação Ambiental e ao Estudo do Meio seja o mais amplo possível, sem que o fator econômico se torne um impedimento.
R$ 50,00 - VALOR JUSTO
Ao reconhecer o trabalho da equipe, vocês não apenas garantem a sustentabilidade do desenvolvimento de vivências educativas ao ar livre, mas também reforçam a importância de valorizar, o tempo, a pesquisa, o conhecimento e a dedicação dos educadores que conduzem as atividades com qualidade e segurança.
R$ 60,00 - VALOR ABUNDANTE
É um ato direto de apoio social, gerando um excedente que semeia o futuro e permite a participação de pessoas que não podem contribuir, alinhando-se diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que buscam a redução das desigualdades e a promoção de comunidades mais justas. Este valor não é apenas uma contribuição, mas um investimento no coletivo, onde a abundância de uns nutre as oportunidades de outros. É um convite à prática da solidariedade ativa e à construção de um futuro mais equitativo.
DETALHES DO PACOTE
- Atividades (Apresentação do Parque Estadual Jaraguá, Histórico Cultural, Casarão Afonso Sardinha, Tanque de Lavagem de Ouro, Trilha do Silêncio, Trilha da Bica, Trilha do Pai Zé, Mirante e Pico do Jaraguá);
- Seguro Viagem (Porto Seguro);
- Certificado de Participação (07 horas aula);
- Biólogo acompanhando todas as atividades.
DESCRIÇÃO
No dia 07 de fevereiro, convidamos você a se reconectar com a força e a sabedoria que pulsam no Parque Estadual Jaraguá conosco. Com seus 492 hectares, a área foi adquirida em 1940 pelo Governo do Estado e, em 1961, elevada à condição de Unidade de Conservação de Proteção Integral. Seu propósito, desde sua criação, é um convite à reflexão e ao aprendizado, com o objetivo de proteger a natureza, nutrir o conhecimento por meio da pesquisa científica e, sobretudo, florescer a Educação Ambiental, transformando o saber em um modo de estar no mundo.
Aqui, a natureza se manifesta em sua plenitude, um santuário que abriga tesouros da fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas, e um dos últimos e preciosos remanescentes de Mata Atlântica e Cerrado na Região Metropolitana. A alta relevância dessa Unidade de Conservação não passou despercebida e, em 1994, o Parque Estadual Jaraguá foi considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), por representar grande importância ambiental e histórica.
Porém, muito antes da chegada dos europeus no início do século XVI, o Jaraguá, assim como grande parte do território que viria a ser chamado de Brasil, já era habitado pelos Povos Originários há séculos, com culturas, línguas, tradições, costumes, saberes e conhecimentos complexos sobre a natureza e formas de vida sustentáveis. Ao contrário do imaginário popular e da história que os livros didáticos contavam sobre o descobrimento em 1500, na verdade o que houve foi a invasão do território pelos portugueses. No entanto, conhecer as origens dos Povos Indígenas é muito importante para garantir o respeito, a defesa e o reconhecimento da cidadania de um povo que, sem aviso, perdeu a terra, o alimento, a liberdade e suas vidas.
A descoberta de ouro no planalto paulista no final do século XVI foi o ponto de partida para o ciclo do ouro no Brasil. As notícias sobre o ouro na região do Jaraguá chegaram à Coroa portuguesa antes mesmo das grandes descobertas em Minas Gerais, estabelecendo o Jaraguá como o local que deu início à mineração aurífera brasileira. Não demorou muito para o Bandeirante Afonso Sardinha iniciar a exploração de ouro, além de invadir, matar e escravizar os Indígenas que anteriormente eram os guardiões do Morro Sagrado, que hoje é chamado de Pico do Jaraguá.
Mesmo com toda crueldade a que foram submetidos, ainda é comum que se resuma a história do nosso país a partir da invasão portuguesa. De fato, esse acontecimento é um marco na trajetória dos Povos Indígenas, que deram início à luta pelas terras, por dignidade, respeito e pelos direitos básicos, que perdura até os dias de hoje, somando 525 anos de resistência. Após séculos de luta, em 2025, o povo Guarani que existe e resiste no local celebra a ampliação da Terra Indígena (TI) do Jaraguá, para 532 hectares. Em 1987, o território foi homologado com apenas 1,7 hectare, o que a qualificava como a menor Terra Indígena do país. O ato celebrou não apenas a delimitação física da área, mas também o restabelecimento da sua declaração de posse de 2015 e a assinatura de um acordo inédito entre a Comunidade Guarani, o Governo do Estado de São Paulo e a Fundação Florestal, órgão responsável pela gestão do Parque Estadual Jaraguá, que agora possui cerca de 308 hectares sobrepostos à TI.
O acordo garante a permanência dos direitos da comunidade sobre a terra, mesmo na área sobreposta ao parque, e firma compromissos mútuos para a preservação ambiental e o uso sustentável do território. O Governo do Estado e a Comunidade Guarani firmaram um acordo para a gestão compartilhada da área sobreposta, em um modelo inédito para Unidades de Conservação Estaduais.
E é neste território ancestral de histórias e lutas, onde a natureza manifesta sua plenitude e a resistência Guarani floresce, que compreendemos a verdadeira importância do diálogo, essencial para tecermos juntos a corresponsabilidade na proteção das Unidades de Conservação, como o Parque Estadual Jaraguá, e a manutenção dos saberes ancestrais das Comunidades Tradicionais, assim como a Terra Indígena do Jaraguá, que sempre souberam ler cada pulso da natureza. É uma simbiose vital, onde todos caminham de mãos dadas na mesma direção e com o mesmo propósito, tecendo um futuro com respeito, justiça, igualdade e empatia, aprendendo a escutar a natureza e a sabedoria de quem sempre a protegeu. A atividade no Parque Estadual Jaraguá é um convite para ser parte desta teia de vida.
PROGRAMAÇÃO
Dia 07/02 (SÁBADO)
(08h40) Encontro - O local de encontro será no Parque Estadual Jaraguá, na portaria 1 - Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539, em frente ao lago.
Apresentação do Parque Estadual Jaraguá - O Parque Estadual do Jaraguá abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica e Cerrado da Região Metropolitana de São Paulo. Sua área foi adquirida pelo Governo Estadual em 1940 e elevada à condição de Unidade de Conservação em 1961, com o objetivo de proteger os recursos naturais da região, incentivar a pesquisa científica e promover a Educação Ambiental. Em 1994, foi considerado pela UNESCO um Patrimônio da Humanidade, integrante da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo.
Histórico Cultural - Muito antes do Governo do Estado adquirir e criar o Parque Estadual Jaraguá, os Povos Originários já habitavam o local há séculos, mas após algumas décadas da invasão portuguesa, a descoberta de ouro na região no final do século XVI foi o ponto de partida para o ciclo de ouro no Brasil. Atraído pelas riquezas minerais encontradas, o Bandeirante Afonso Sardinha deu início à exploração de ouro no Jaraguá, utilizando indígenas escravizados. Depois de 200 anos, o Jaraguá foi tomado por fazendas, durante o ciclo do café.
Casarão Afonso Sardinha - O casarão foi construído em 1580 à base de muito sofrimento e sangue dos Povos Originários escravizados. Sua construção em Taipa de Pilão, uma técnica construtiva milenar, consiste em compactar a terra úmida (uma mistura de argila, areia e palha) com pilão, dentro de formas de madeira (taipais). A edificação foi projetada para servir de apoio durante a exploração do ouro, suas paredes medem cerca de 80 cm de espessura, conta com 21 cômodos e uma senzala. Um local de memória que precisa ser preservado, para que a sociedade não esqueça o passado, permitindo a reflexão, o reconhecimento de injustiças, a busca por reparação e impedir que a história se repita.
Tanque de lavagem de ouro - Construído em pedra-sabão, este tanque é um marco sombrio, mas essencial, na história do Jaraguá. Ele testemunhou o primeiro registro oficial de exploração de ouro no Brasil e, mais crucialmente, o esforço desumano e a escravização dos Povos Originários (e, posteriormente, africanos) forçados a extrair as riquezas da terra. Aqui, visualizamos o brutal processo de lavagem do ouro de aluvião, onde a água corrente era usada para separar o minério da terra, um trabalho exaustivo, manual e repetitivo. Visitar este local é um convite à profunda reflexão sobre as consequências da ganância desenfreada, o impacto ambiental da mineração e a violência imposta aos Povos Indígenas.
Trilha do Silêncio - A densa vegetação aqui cria uma cúpula natural que amortece os sons externos, convidando-nos a uma escuta interna e à percepção sutil da vida em volta. Esta trilha se destaca como um exemplo de inclusão em Unidades de Conservação, projetada para que Pessoas com Deficiência (PcD) possam desfrutar plenamente da natureza, reforçando nosso compromisso com a diversidade e a acessibilidade como formas de nos reconectarmos com a essência do ambiente.
Extensão: 828 metros (ida e volta) I Nível de dificuldade: Baixo
Trilha da Bica - Nesta trilha, somos guiados pela água até uma revitalizante bica, ponto onde a natureza se revela em sua capacidade de regeneração. O percurso, cuidadosamente adaptado após intervenções para combater processos erosivos, exemplifica o cuidado e a gestão sustentável dentro da Unidade de Conservação. É um convite à contemplação da exuberante flora nativa da Mata Atlântica, um verdadeiro Estudo do Meio que nos permite observar de perto os ciclos de vida e a resiliência dos ecossistemas.
Extensão: 1,5 km (ida e volta) I Nível de dificuldade: Médio
Trilha do Pai Zé (subida) - A Trilha do Pai Zé é nossa ascensão, uma jornada que nos leva do coração da parte baixa à majestade do topo do Parque Estadual Jaraguá. Iniciamos em um trecho que remete à intervenção humana no ambiente, mas logo somos envolvidos pelo abraço acolhedor da floresta, que nos impulsiona em cada passo. Nos metros finais, testemunhamos uma fascinante transição de Biomas, onde a exuberância da Mata Atlântica se entrelaça com a resiliência do Cerrado, oferecendo uma perspectiva única sobre a biodiversidade e a capacidade de adaptação da vida.
Extensão: 1,8 km I Nível de dificuldade: Alto
Mirante e Pico do Jaraguá - Após a subida, somos recompensados pela imponência do Pico do Papagaio (1127 metros de altitude) e do majestoso Pico do Jaraguá (1135 metros de altitude), o ponto mais alto de São Paulo e, historicamente, o Morro Sagrado para os Povos Originários. Deste mirante privilegiado, a vista abrange a grandiosidade da metrópole, parte de Osasco e o início da Serra do Mar. É um convite à reflexão profunda sobre a coexistência do desenvolvimento urbano e a vitalidade da natureza, a urgência de preservar espaços como o Parque Estadual Jaraguá e a sabedoria ancestral para tecer um futuro em equilíbrio.
Extensão: 1,0 km I Nível de dificuldade: Alto
Trilha do Pai Zé (descida) - A descida pela Trilha do Pai Zé não é apenas um caminho de volta físico, mas uma oportunidade para integrar as vivências e os conhecimentos adquiridos. Enquanto a floresta nos abraça novamente, com sua biodiversidade exuberante e seus sons sutis, cada passo é um convite à reflexão sobre a complexidade e a beleza que testemunhamos. É o momento de solidificar as novas perspectivas sobre a história, a natureza e a resistência dos Povos Originários que nos guiaram até o ponto mais alto. Retornamos com a alma renovada, levando as sementes de um profundo compromisso regenerativo e a compreensão de que o aprendizado é, verdadeiramente, um modo de estar no mundo, honrando a memória deste território sagrado e aplicando os princípios da Educação Ambiental em nosso dia a dia.
Extensão: 1,8 km I Nível de dificuldade: Médio
(16h30) Previsão de Término das atividades
INFORMAÇÕES
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